quinta-feira, 29 de abril de 2010

E - FÓLIO B (Parte II)
“A Família mais os Amigos” ou “A Família ou os Amigos”: o que se sabe
Os pais através das suas práticas, influenciam os jovens, nas atitudes que estes vêm a tomar perante os Pares. Essas atitudes se forem de responsabilização e procedimento autónomo, irão facilitar as suas relações interpessoais futuras. Há mesmo quem defenda que este saudável duplo convívio, se traduz nos jovens num maior bem-estar emocional, e que essa autonomia adquirida, não só permite uma melhor percepção dos diversos pontos de vista (*1 TPS), como lhes confere uma relevante importância nas decisões tomadas em família. Quanto a comportamentos de risco, com excepção do álcool. Todos os outros são influenciados na grande maioria pelos Pares, que na procura de novas sensações, interagem com factores contextuais, altamente potenciadores deste tipo de comportamentos.
Os Pares poderão substituir relações insatisfatórias com os pais, mas serão menos agressivos, deprimidos e antipáticos, todos os jovens que consigam manter uma boa relação com ambos. Se a essas boas relações se juntar uma outra com a Escola, o seu resultado potenciará uma menor probabilidade para comportamentos de risco. Enquanto a Família, influencia mais os Jovens nas decisões de âmbito Escolar, de futuro profissional, e/ou de saúde, os Pares influenciam-nos de modo definitivo quanto aos gostos juvenis, de moda, e nas dúvidas emocionais e de cariz sexual.
Então poder-se-á dizer que os Adolescentes evoluem de uma dependência Vinculativa face aos pais, para uma autonomia adulta, regulada pelas emoções, capacidades cognitivas e sociais, adquiridas entre Pares.

Grupo de Pares e Culturas Juvenis: o que se sabe
Na sequência do atrás mencionado, o Grupo de Pares tem para os Adolescentes, outros papéis importantes, tais como: oportunidade de crescimento pessoal; validação de novos interesses e/ou expectativas; interajuda em novas situações, inclusive as de Stress; de competências de tomadas de decisão; de maior adaptabilidade e consequente autoestima. E também poderão, em algumas situações, ser preventores de isolamento e depressão.
Os Grupos reúnem-se em locais como Pubs, discotecas, concertos musicais, ou festas particulares, onde normalmente desfilam os seus modos e ritos, condizentes com a sua faixa etária. Isso fá-los sentir-se aceites no grupo, graças a essa adopção de normas. Também são adaptados Rótulos Sociais, que denominam grandes grupos (Crowd, mais de 10 elementos), tais como: os estudiosos (Brains); os que faltam muito, consomem drogas, ou são problemáticos na Escola (freaks ou Droggies), etc. Os Adolescentes afiliam-se também em pequenos Grupos denominados (cliques, menos de 6 elementos), podendo no seio destes, variar a sua afiliação.
O Adolescente, têm nos seus Grupos de Amigos, um (próximo) que se destaca pelo seu recíproco suporte social, que tanto o pode ajudar positivamente, como pode ser factor preponderante para os já mencionados comportamentos de risco.
No seio dos Grupos, o adolescente experimenta um espaço de diálogo sobre os seus reais problemas, variadas e renovadas inter-relações, fulcrais na gestão de conflitos, bem como na sociabilidade gratificante, aumentando assim as suas competências emocionais e cognitivas,”ensaiando” a formação para a vida adulta.
O melhor preditor do ajustamento na idade adulta, não será nem a inteligência nem a Escolaridade, mas sim a capacidade adquirida na inter-relação social.

As Tribos Musicais e Urbanas na Adolescência
Os Adolescentes consoante o Grupo de Pares onde se inserem, assim escolhem as suas preferências musicais, tais como p.e. o Punk, Heavy Metal, Raggae, Soul, House, com a maior predominância para o hip-hop, estilo mais associado aos problemas urbanos, retratados nas suas letras normalmente de contestação e reivindicação. As novas Tecnologias vieram permitir os Mega Concertos, que arrastam os Adolescentes para verem os seus ídolos ao vivo, bem como a possibilidade de os poderem “levar” consigo para qualquer lado, directamente do computador para os seus Ipod e telemóveis, ouvindo-os nos auriculares.

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